segunda-feira, 26 de maio de 2014

Gatos

Quando pensei em criar esse blog pensei em escrever basicamente sobre ceticismo, o nome dele sugere isso, mas até agora não consegui manter uma unidade temática nas postagens, mas o que esperar de uma pessoa com interesses tão abrangentes? Um deles são gatos, adoro gatos. Acho que o mundo simplesmente ficaria bem mais feio sem eles, não só os domésticos como também os exemplares selvagens. Cada um mais lindo que o outro. Nesse sentido resolvi compartilhar como eles entraram na minha vida.

Sei que foi uma paixão tardia, já deveria estar com meus vinte e poucos anos, antes influenciada por séries como a Lassie e Rintintin, achava que cachorros eram os melhores, e a minha família chegou a ter cachorros, mas o interessante é que a paixão era concentrada na infância do animal, pois as raças envolvidas eram de grande porte, e mais tarde eram usados como proteção da casa, hoje não sei se gosto dessa visão utilitarista da coisa. Mas na época parecia normal. Afinal o Rintintin era até soldado, e sim, tivemos pastores alemães em casa. Até que mudamos pra apartamento, meu pai e minha mãe nunca mais pensaram em ter cachorros, nem daqueles pequenos. Nesse tempo meu pai morreu, meu irmão casou, ficamos só eu, minha mãe e minha irmã mais nova em casa. Foi aí que aconteceu de uma amiga da minha mãe nos dar de presente uma gatinha, era uma tigradinha meio cinza, não sei descrever a cor. Demos a ela o nome de Janis Joplin, simplesmente amamos. A  Lua uma mistura de persa com angorá, frajola, veio no dia da primeira consulta da Janis ao veterinário, fomos vacinar uma gata e voltamos com duas gatas pra casa. Foi impossível resistir à fofura extrema da Lua.

A Lua deu o golpe definitivo, o fatality, eu e minha irmã fomos contaminadas incuravelmente pela paixão pelos gatos. Que Lessie que nada, Garfileld é que reina absoluto. Comecei a ver os desenhos do Tom & Jerry, do Frajola e Piu- Piu de outra maneira, achando os gatos retratados de maneira muito injusta nesses desenhos. Tenho vontade de esganar o Piu- Piu. Ainda simpatizo com o Manda Chuva, pelo menos mostra um grupo de gatos tentando sobreviver do jeito que podem. Depois comecei a tomar consciência do tamanho do preconceito com eles. Que não são amigos, que gostam mesmo é da casa. Esse tipo de coisa.

Ledo engano, quem diz isso ou nunca teve um gato, ou se teve nunca se deu ao trabalho de prestar atenção aos sinais que eles emitem o tempo todo. Eles são super carinhosos, são meigos, dóceis, às vezes agitados, mas tudo é compensado com doses intensas de afeto, de fofura e amor. São ótimos amigos. Lindos.

Mas por que resolvi escrever sobre eles?

Semana passada uma gata californiana reacendeu essa discussão sobre o valor que os gatos dão aos donos, a gata simplesmente deu um chega pra lá num cachorro que estava atacando o filho dos donos. A gata ficou famosa no mundo inteiro. O vídeo que mostra a cena foi visualizado quase 20 milhões de vezes, a gata foi homenageada num jogo de beisebol. Virou heroína nacional praticamente. Mas antes disso já vi relatos de gatos que pularam em cima do dono que estava desmaiado numa tentativa de fazê-lo voltar a consciência, gatos que acordaram donos pra alertar de incêndios na casa. Ou seja, são relatos e mais relatos atestando as qualidades felinas. Falo felinas, pois já vi gestos de gratidão até mesmo de um leão, quem não conhece, procurem conhecer a história do leão chamado Christian, emocionante. Outro vídeo recente foi de um lince se desmanchando em carinhos por um garoto. Isso tendo em mente que são animais selvagens. Não domesticados. Ou seja, os gatos estão com tudo. Finalmente parece que história esta começando a fazer justiça a eles. A internet pelo menos já é deles. Reinam absolutos em vídeos, posts, memes e tudo mais.

Esse post é um agradecimento pela existência desses seres lindos e fofos, e uma homenagem às gatas que entraram na minha vida, e uma em especial que esta comigo agora, a Mimi, que de uma forma diferente ela salvou a minha vida, é por causa dela que acordo todos os dias. Ela que me dá forças pra continuar na luta. Antes eu acordava sempre de mau- humor, ver a carinha dela logo cedo isso não é mais possível. Amo até vê-la dormindo, ela parece sempre que esta fazendo algo pra me divertir. Eu a amo.  E também é uma menção honrosa a todos os gateiros e gateiras que lutam por eles. Aos que buscam quebrar os preconceitos contra os gatos, que conscientizam as pessoas quanto à necessidade de protegê- los. Temos um longo caminho a percorrer, mas já percorremos um bom caminho. A todos os gatos do mundo meu muito obrigada por vocês existirem.